estrelas de sábado guardadas numa caixa de sapatos
o passado passado a limpo: vaga-lumes
Pois que me desce, imprevisível, a gota d'água morna pelas pernas. Observo e sorrio com os dentes tortos, ainda reféns de toda curva e círculo como sãos os céus de todas as bocas.
E eu, desordenada, refém de nada, mas dona de um pássaro cego que voa esquerdo, enviesado, dado a desastres aéreos e feridas graves nos joelhos. Fecho os olhos e encaro o violento chão, que na horizontal o corpo cede a todo movimento. Encho e esvazio útero, pulmão, idioma, direção, coisa nenhuma.
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